terça-feira, 25 de março de 2008

PIRIQUITO QUAKE

Caturrita

Nome Científico: myiopsitta monachus.

Nome Comum: Também denominado de periquito Monge, Caturrita no Brasil, Periquito Cinzento, Quaker ou ainda Conuro de Peito Cinzento, esta ave deve o seu nome à mímica que executa quando bebê, ao ser alimentado, quando treme (tremer = to Quake) e faz movimentos com a cabeça para chamar atenção aos progenitores.

Distribuição: São Originários de uma grande área que vai deste ao centro da Bolívia, Sul do Brasil até ao centro da Argentina. No entanto também podem ser encontrados bandos nos Estados Unidos, formados por aves que se escaparam dos seus donos e reproduziram-se em liberdade.

Habitat: Habita paisagens abertas, campos de cultura, fazendas.
É abundante em regiões de clima temperado, como nas campos do Sul.


Mais Fotos...

Características: Mede 29 cm de comprimento e pesa cerca de 150 gramas. A mandíbula é robusta e a cera coberta de penas.Tem a fronte, têmporas, faces e peito cinzentos, sendo as penas do peito debruadas a branco. O abdômen é verde acinzentado. A parte superior da cabeça, nuca, costas, asas e cauda são verdes, sendo as asas e cauda de um verde maia intenso. As penas primárias são azuis e negras e as penas inferiores são de uma mistura de cinzento e verde pouco brilhantes. As aves mais novas tem a fronte cinzenta tingida de verde. Existem algumas mutações a salientar: A azul, a amarela, o verde pálido e os albinos.

Curiosidades: São aves muito alegres e ativas. Muito vocais por natureza, rapidamente aprendem a repetir palavras ou frases. Adoram assobiar e reproduzir melodias curtas. Tanto os machos como as fêmeas são bons animais de estimação e muito faladores.
São um caso único de papagaios construtores de ninhos. Existem alguns psitacídeos que enchem as cavidades dos seus ninhos com material variado, mas as Caturritas são autênticas engenheiras pois constroem os seus ninhos baseados numa estrutura de troncos ou ramos de árvore.

Em liberdade, toda a colônia trabalha conjuntamente na construção de aglomerados habitacionais, situados nas partes mais altas das árvores, que chegam a pesar um quarto de tonelada

São considerados uma praga no sul do Brasil por atacarem os milharais.




Alimentação

Hábito alimentar Granívoro. Farinhada no.1
Ração Farinhada no.2
Água Filtrada, renovada diariamente, em bebedouro limpo. Poli-vitamínico
Alimento vivo Areia Limpa, esterilizada, podendo ser fornecida junto com um complexo mineral.

Reprodução

Período de reprodução Primavera e verão. Gaiola do reprodutor 35cm de comp. x 45cm de alt. x 35cm de larg.
Período de descanso Outono e inverno. Gaiola da matriz
Macho Fêmea
Ninho
Maturidade sexual Material p/ ninho
Incubação Anel

domingo, 23 de março de 2008

DOENÇAS DE CANARIOS

Doenças
Qualquer doença grave ou uma simples indisposição nos canários é quase sempre evidente: um canário encolhido, com a cabeça debaixo da asa, que dormita durante a maior parte do dia, come pouco ou nada, não canta e está apático, muitas vezes com as penas emaranhadas e transpira, e não é raro ver o seu pequeno corpo sacudido por espasmos e calafrios provocados pela febre.
Quando damos por conta do precário estado de saúde de um dos nossos canários, deve-mos isola-lo imediatamente e proceder ao seu tratamento. Se temos conhecimentos ou alguma experiência, saberemos depressa do que se trata, mas se estamos a iniciar neste campo, e o mal estar do canário se apresenta de forma insólita, o melhor então é leva-lo a um criador conhecido com experiência ou a um veterinário.
Não obstante as considerações de carácter humano que nos deve levar a socorrer uma criatura que sofre, temos como prioridade evitar que a doença contagie todo o nosso plantel causando-nos graves e preciosas perdas.
Actualmente através da ciência, dispomos de fármacos adequados a quase todos os tipos de enfermidades e mais importante ainda possibilita-nos a prevenção das mesmas.

Algumas doenças mais comuns dos nossos canários:

Ácaros:
Geralmente, os ácaros aparecem ao adquirir novas aves ou em aviários livres devido ao contacto com aves silvestres. As aves afectadas com ácaros, ficam inquietas, mexem nas penas e mostram uma debilidade geral.
Tratamento: consiste na utilização de insecticidas próprios para aves. Manter a ave durante alguns dias numa gaiola limpa e desinfectada. Pulverizar a gaiola ou os aviários com insecticidas, deixar actuar durante alguns dias e lavar tudo.

Anemia:
Ave com bico e pele muito pálido e descorado, tem falta de apetite e apresenta emagrecimento.
Causas: falta de glóbulos vermelhos provocada por uma deficiente alimentação, carências de vitaminas, por contágio de algum parasita, ou por falta de espaço.
Tratamento: acrescentar à dieta papa de ovo, verduras e um complexo vitamínico.

Artrite:
Detecta-se por um inchaço nas articulações, particularmente nas asas e patas, estando a ave constantemente no fundo da gaiola.
Causas: hereditariedade, aviário húmido ou deficiente alimentação.
Tratamento: lavar as zonas afectadas com um desinfectante próprio diluído em água e aplicar uma pomada adequada. Fornecer verduras.

Asma:
Dificuldade respiratória, muito cansaço com pouco esforço, bebe muita água e falta progressiva do apetite.
Causas: corrente de ar, higiene das instalações, sementes de fraca qualidade e canaril muito húmido.
Tratamento: fármaco adequado, espaço suficiente para a ave se exercitar, colocar a ave na «gaiola hospital», retirar sementes gordas e dar vegetais.

Bronquite:
Perda de apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão, a ave agitada e não canta.
Causas: correntes de ar, fraca renovação do ar, alterações bruscas de temperatura.
Tratamento: isolar a ave na «gaiola hospital» à temperatura de 30º, administrar antibióticos e vitaminas A e D.

Coccidiose:
Ave com penas arrepiadas, sonolenta, sem apetite, diarreia de coloração desde o esbranquiçado ao vermelho, fraqueza, pele pálida, magreza e problemas na reprodução.
Tratamento: administrar medicamentos adequados a esta enfermidade, adicionados à papa ou na água. Existem nas casas da especialidade, vários produtos para prevenir e curar a coccidiose.
Prevenção: a coccidiose está directamente relacionada com cuidados gerais de higiene, alimentação bem pensada, água limpa e mudada diariamente, manejo adequado ao tipo de criação, isolamento das aves doentes, realização de exames pelo Veterinário no caso de mortalidade acentuada.

Colibacilose:
Causas: doença provocada por um agente bacteriano com variantes, umas sem causar males maiores, convivendo pacificamente no intestino da ave e outras pelo contrário são patogenicas e resistentes a antibióticos. Os sintomas tanto nos jovens como nos adultos manifestam-se por uma diarreia frequente e de cheiro intenso. As penas das fêmeas podem-se apresentar molhadas pela diarreia das crias, morte destas entre o 4º e 10º dia de vida.
Tratamento: Utilizar antibióticos adequados à doença com duração média de 10 dias, sendo que devemos complementa-lo com um bom complexo vitamínico após esse período.

Diarreia:
Evacuação constantemente com fezes líquidas. Abdómen apresenta cor avermelhada.
Causas: fraca higiene no canaril e alimentação imprópria.
Tratamento: isolamento da ave na «gaiola hospital» e administrar um antibiótico adequado à base de Terramicina ou Aureomicina. Dar vitamina C e retirar todas as verduras e sementes negras ficando a ave só a comer alpista até o seu restabelecimento total.


Muda anormal:
Mudança das penas fora de época, irregularidade na formação das mesmas com quedas frequentes.
Causas: mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial.
Tratamento: administrar diariamente uma papa de boa qualidade enriquecida com vitaminas e minerais.


Proventriculite:
Inflamação do papo causada por fungos, é encontrada com grande facilidade nos canários de cativeiro muito povoados e com grandes défices de higiene, provocando uma altíssima mortalidade nos jovens, em torno de 100%, normalmente entre 8 e o 9 dia de vida.
Tratamento: acompanhamento veterinário para a escolha do melhor medicamento e sua toxicidade. Os adultos não apresentam sintomas. O Proventrículo apresenta-se cheio de alimentos não digeridos, na mucosa interna do órgão, uma secreção esbranquiçada que normalmente se encontra contaminada por infecções secundárias bacterianas.


Salmonelose:
A Salmonelose é provocada por um grupo de numerosas espécies de bactérias que atingem todas as aves, principalmente os passiformes. Não existem sintomas específicos sendo alguns manifestados por asas caídas, olhos semi-fechados e uma dificuldade respiratória. Os jovens atingidos apresentam o abdómen inflamado, fezes de cheiro intenso e líquidas e por vezes aderentes à cloaca. A doença é mais comum nos adultos. Na forma aguda, a morte pode ocorrer de 1º a 4º dias. Fezes diarreicas e esbranquiçadas.
Tratamento: higiene do criador e desinfecção do ambiente muito rígida, pois, trata-se de uma doença comum ao homem e ao animal. Em animais mortos observa-se muitas lesões nos pulmões, rins, fígado., etc.

Stress:
Ave assustada, sonolenta, abatida devido a alimentação imprópria ou excesso de antibióticos
Causas: sustos, barulhos repentinos no canaril, etc.
Tratamento: administrar vitaminas e eliminar os barulhos, as causas da fadiga, a deficiente alimentação, as mudanças de temperaturas e o excesso de parasitas.

PERIQUITO DE COLAR

Periquito de colar
Foto original (800x994)
Wallpaper | Postal
--------------------------------------------------------------------------------



Nome científico: Psittacula krameri

Outros nome
Periquito rabo-de-junco ou periquito rabijunco.

Origem
O Periquito de colar tem sua origem nas florestas da Ásia. No entanto já se reproduz noutras zonas para onde foi levado pela mão humana, nomeadamente em Portugal, entre outros países europeus.

Em cativeiro
Estes aves não são uma boa opção para ter numa gaiola vulgar, mas para quem pretende ter um viveiro de grandes dimensões.

Uma das características marcantes da espécie é a sua resistência a qualquer tipo de doença.
A única coisa com que têm dificuldade de lidar é o frio. Se as sua patas gelarem, podem perder alguns dedos, pelo que é sempre necessário pensar na climatização dos viveiros nos meses frios do Inverno europeu.

Gostam muito de sol, mas nunca durante o pico do calor, nem demasiados expostos. O local ideal para montar um viveiro é debaixo de uma árvore, voltado a nascente para receber os primeiros raios de sol da manhã.

Cores
Existem várias colorações de periquitos de colar, branco, amarelo, azul, verde e cinzento entre outras, e é isso que faz com que os criadores se apaixonem por esta raça.

Alimentação
A alimentação deve ser adquirida em lojas da especialidade, que normalmente vendem uma mistura com todos os ingredientes necessários a estas aves.

É recomendado fazer um suplemento à base de frutas e legumes, mas devem ser sempre bem lavados em água corrente.

As fêmeas necessitam de cálcio em permanência, pelo que deve adquirir umas barras de cálcio com esse fim.

Tamanho
Em adulto pode atingir os 40cm

Esperança de vida
Estas aves podem viver até aos 30 anos, embora a média seja mais baixa e ronde os 20.

PERIQUITO QUAKER




Periquitos quaker
© Koelle Zoo
Wallpaper | Postal
--------------------------------------------------------------------------------



Outros nomes
Periquito monge

Origem
Ave originária da América do Sul, com maior incidência no Norte da Argentina e Sul do Brasil.

Como ave de companhia
Esta é uma espécie muito barulhenta, e com sons muito característicos.

Destruidor por natureza, desfaz tudo o que apanhar na gaiola.

Apesar destes inconvenientes, é um animal divertido, e um bom companheiro, mas necessita de muito tempo para se ambientar.
Aprende com facilidade algumas palavras, mas «falar» não é o seu forte e nunca desenvolve um vocabulário extenso.

É muito inteligente, o que faz dele um animal que necessita de ter a gaiola sempre fechada com cadeados nas portas, senão, ao fim do primeiro dia, anda a passear pela casa. Quando isto acontece, procura outras gaiolas com aves, para cima das quais vai fazer barulho, desde que não sejam seus semelhantes.

As plantas são outro dos seus alvos característicos, todas as que achar que pode comer e destruir, serão alvo do seu bico em poucos minutos.

Quando desaparecer dentro de casa, procure no meio das plantas, pois o Quaker tem uma especial apetência para se esconder no meio de plantas como as avencas, onde dificilmente será visto.
Se eventualmente ele fugir para a rua, não desespere, ponha a gaiola perto do sítio por onde fugiu, com a porta aberta. Quando ele tiver fome, ou estiver a chegar a noite, volta lá para dentro, já que, por norma, não se afasta muito e tem boa memória.

A sua reprodução não é fácil, portanto, se tiver um casal, não pense que, só por si, é suficiente.

Alimentação
A alimentação deve ser uma mistura usada para periquitos grandes, que encontra com facilidade nas casas da especialidade. Pode fazer um suplemento de frutas e legumes, desde que sejam bem lavados em água corrente.

A água e comida devem ser mudadas todos os dias, já que normalmente fica suja com muita facilidade.

No Verão, borrife o Periquito com água à temperatura ambiente.

Tamanho
Em adulto pode atingir os 25cm de altura

Agapornis

Reprodução
Quando estão preparados para criar, à que fornecer uma dieta variada, será necessário uma fonte cálcio fresca e limpa, uma boa fonte de proteínas e ao mesmo tempo em dias alternados a quantidade suficiente de vitaminas A, D e E na sua dieta. A maioria dos loros não se afastam demasiadamente dos seus ninhos.
O mesmo sucede com os agapornis. Podem nidificar sobre o solo de uma simples caixa de madeira, no entanto, deverá oferecer material para que possam construir o seu próprio ninho dentro da caixa: ramas de Pinheiro, folhas de Palmeira, tufa e mesmo aparas de pinheiro verde.
Normalmente o macho não se dedica a arranjar material para construir o ninho, a fêmea tem o papel principal na sua elaboração. A fêmea do Roseicollis transporta o material para o ninho entre as penas das suas asas. a fêmea dos Fischeri transporta o material no bico e constroem um ninho muito mais elaborado, uma notável obra de arte.

Uma fêmea colocará uma postura entre os três e os cinco ovos, podendo chegar aos seis. Para controlar os nascimentos, costumo contar cerca de vinte e dois dias a vinte e cinco dias a partir da postura do segundo ovo para o nascimento do primeiro filhote. Comummente, será a data aproximada para o seu nascimento. Aconselho a que os pássaros se habituem a que inspeccionamos os ninhos, porém é necessário um certo cuidado já que poderemos por tudo a perder.
As fêmeas novas, podem não conseguir chocar convenientemente os primeiros ovos, nomeadamente por falte de experiência, porém, com alguma paciência da nossa parte, podemos constatar que na segunda postura conseguem tirar filhotes. É necessário observarmos as nossas aves nesta altura porque com o frio podem ter problemas na postura e o ovo ficar preso na cloaca, podendo vir a ser fatal para a ave. Quando isto acontece, podemos auxiliar a fêmea utilizando água morna e ajudando com os dedos a expelir o ovo.
No caso de anilhar as suas aves deverá fazê-lo por volta dos sete aos dez dias, de forma a que a anilha ainda possa passar na pata e não possa cair no ninho sem que nos possamos aperceber.
Quando saem do ninho ainda vão aprender a comer sozinhos e desenvolverem os instintos de defesa para com os outros pássaros. Se criar em colónia tenha atenção aos filhotes, pois estes apesar de serem defendidos pelos pais em particular pelo macho, estão sujeitos a serem atacados pelos outros membros da colónia. Eu pessoalmente (na criação em gaiolas individuais) só separo os filhotes quando a fêmea está no fim do próximo choco ou quando começam a nascer os filhotes. Raramente acontece os pais atacarem os filhotes quando estes abandonam o ninho, mas caso isto aconteça a única solução é mesmo a separação dos filhotes dos pais.
geovisit();

As Doenças quem podem aparecer nos Piriquitos

Doenças dos Periquitos
É incluído nesta rubrica um artigo do Dr. John R. Baker, onde são descritas as principais doenças que afectam os Periquitos. Como fazemos com os nossos filhos podemos diagnosticá-las, tratar algumas mais comuns, mas como a maioria de nós não é nem Médico nem Veterinário, devemos sempre aconselharmo-nos com eles na medida do possível para tratar de doenças dos nossos pássaros.
Serão também colocados alguns artigos mais específicos sobre doenças dos Periquitos.
Questões dos criadores sobre as doenças dos Periquitos
Os Periquitos, como qualquer outro animal, são propensos a uma vasta variedade de doenças, algumas das quais mortais enquanto outras podem causar doenças crónicas durante um longo período de tempo. O objectivo deste artigo é dar breves detalhes das doenças mais comuns e descrever os passos que o criador pode dar para curar as aves afectadas e cuidar delas enquanto são tratadas. A melhor pessoa para consultar acerca de doenças num conjunto de aves ou apenas num pássaro é um médico veterinário que é cada vez mais indicado e capaz de tratar pássaros actualmente.
Face escamosa
Olhando em primeiro lugar às doenças que afectam o exterior do pássaro, uma das mais comuns é a face escamosa. É causada por um ácaro que não origina qualquer doença durante anos e quando alguma coisa corre mal, o ácaro rapidamente aumenta em número. A face escamosa desenvolve-se e propaga-se aos outros pássaros. Os pássaros afectados têm crostas que crescem à volta do bico, da cera, dos olhos e patas.
A doença é facilmente diagnosticada através do aparecimento de escamas com um grande número de pequenos orifícios através dos quais o ácaro respira. Qualquer espécie de creme aplicado sobre as escamas tapa os buracos e os ácaros morrem asfixiados. Existem também algumas pomadas disponíveis em lojas de animais que matam este tipo de ácaros.
Piolhos
Outras causas externas que afectam muitas colónias de periquitos são os piolhos, embora não causem doenças, a menos que a infecção seja grande. Os ovos dos piolhos podem ser vistos no lado interior das asas, especialmente se as penas forem pretas. Sprays contra os piolhos podem ser aplicados directamente sobre as aves eliminando-os.
Inchaços
Inchaços na pele de um pássaro são normalmente abcessos, quistos, hérnias ou tumores. Abcessos nos pássaros não se tratam do mesmo modo do que nas pessoas e todos estes quatro tipos requerem uma cirurgia.
Os Periquitos sofrem frequentemente de fracturas e deslocações. O pássaro pode não segurar a sua asa partida ou ter dificuldade em usar as suas patas. Estas situações requerem um tratamento rápido pois caso contrário, se ficarmos à espera que fiquem melhores, o resultado será frequentemente que o pássaro fique com problemas para o resto da sua vida. Pode ser necessário pôr talas ou cozer. Pode ser feito pelo criador se tiver confiança para tal ou por um veterinário.
Doenças nas Penas
Uma palavra final sobre as condições exteriores das aves, as doenças das penas são comuns mas ainda pouco é conhecido sobre o assunto bem como as suas causas ou tratamentos.
Vómitos
Outra doença comum nos Periquitos é o vómito e está muitas vezes ligado com pó das sementes. O vomitado pode ser visto agarrado às penas da mascara, barriga, na cabeça ou mesmo nas paredes das gaiolas.
Existe também um parasita que pode originar esta doença. É importante saber qual das duas doenças a ave sofre uma vez que os tratamentos são diferentes. Um veterinário pode fazer uns testes simples para as identificar e dizer qual delas se trata.
Se está mais do que um pássaro afectado, é provável que se trate de uma infecção causada por parasitas que é chamada trichomoniasis. Esta doença é facilmente tratada com medicamentos mas o mais importante é que o tratamento se deve estender a todas as aves, uma vez que muitos já terão o parasita mesmo que não se manifeste.
Uma lição muito importante a aprender acerca da trichomoniasis é que normalmente é introduzida através de aves que são compradas nos aviários. Estas podem parecer bem nas gaiolas do vendedor mas o stress da mudança para uma nova casa pode fazer com esta doença se manifeste. As novas aves deverão permanecer em quarentena durante pelo menos três semanas antes de serem misturados com os restantes pássaros. É uma boa ideia tratá-los também contra a trichomoniasis quando estão em isolamento.
Tratar pássaros doentes
As doenças descritas até agora não provocam nos pássaros um aspecto de ave doente, embora, nalguns casos lhes possam causar a morte. Nalgumas doenças em que os pássaros têm um aspecto doente, eles estão entufados, não bebem nem comem, estão muito quietos ou encostados num canto da gaiola. Nestes casos, é necessário tratar do pássaro senão ele morrerá.
O primeiro tratamento que um pássaro doente necessita é de ser colocado a uma temperatura que ronde os 25º. Se não tiver uma gaiola hospital, uma caixa será suficiente. Manter o pássaro num com pouca luz fará com que descanse melhor. Todos os criadores deverão ter uma seringa, já que se ave não comer ou beber durante 24 horas devem ser dados 5ml de fluidos diariamente, juntando-se açúcar que dará ao pássaro alguma energia.
Se este tipo de tratamento for necessário durante algum tempo, deve ser dada papa para bebes diluída em água com alguns produtos energéticos e minerais e dada à ave afectada directamente com a seringa. Se o pássaro tiver dificuldade em estar no poleiro pode ser mantido no chão. A comida e a bebida devem ficar no chão para que a ave seja encorajada a comer e a beber sozinha.
Diarreia
A diarreia, por vezes chamada enterite é comum nos pássaros. As fezes dos pássaros afectados variam na sua consistência e cor. Contudo as fezes verdes claras apenas indicam que o pássaro não está a comer e que o problema não estará nos intestinos.
A primeira coisa a fazer quando se detecta que um pássaro tem diarreia é tirá-lo da gaiola para limitar a propagação da doença aos outros e examiná-lo para ver outros sinais de doença.
Se o único problema é a diarreia existe a possibilidade de ser motivada por alguma diferença no seu tratamento. A ave poderá ter vindo recentemente de uma exposição ou ter na gaiola muitas verduras, por exemplo. Se assim for, após terem sido retiradas as verduras, a ave melhorará por sí dentro de um ou dois dias.
Se tal não acontecer, então é necessário dar um tratamento à ave. Pode ser dado chá forte ou probióticos para regularizar a flora intestinal. Se mesmo assim não houverem melhoras, deverá ser dado antibiótico adequado.
Problemas Renais
Os problemas renais são comuns nos Periquitos e é confirmada pela parte branca das fezes que muda de cor ou consistência. A parte branca das fezes pode estar rodeada de água. Um médico veterinário pode fazer análises sanguíneas para confirmar se se trata de problemas renais. Um teste às fezes poderá determinar a existência de diabetes que podem ser satisfatoriamente tratados.
Doenças respiratórias
As doenças do sistema respiratório podem variar desde o frio no nariz até uma pneumonia fatal.
O diagnostico das doenças do sistema respiratório nem sempre é fácil já que os pulmões envolvem outros órgãos internos, pelo que é aconselhável a consulta de um veterinário para dar um diagnostico correcto e um tratamento adequado.
No entanto há coisas que o criador pode fazer para ajudar. Em primeiro lugar a ave deve ser removida da gaiola habitual e colocada num local quente para ser tratada. Por vezes os pássaros com problemas respiratórios têm tendência a cair dos poleiros, sendo mais uma razão para serem isolados e tratados junto ao chão. O vapor de uma chaleira, tornando o ar quente e húmido pode ajudar no tratamento. Podem-se manter os olhos e as narinas limpas através do uso de um cotonete humedecido, ficando a ave mais confortável. Se as excreções ficarem secas, têm de ser removidas cuidadosamente.
Doenças do aparelho reprodutivo
As doenças no aparelho reprodutor ocorrem nos Periquitos mas não são muito comuns. A mais comum é o ovo atravessado e cada criador lida com este problema apenas de tempos a tempos. A abordagem a este problema deve ser feita através de uma muito ligeira pressão antes do ovo, humedecendo a cloaca com água quente ou azeite na tentativa de expelir o ovo, tendo em conta que não se pode partir o ovo. Se passadas algumas horas o ovo ainda não tiver saído, deve ser consultado um veterinário que lhe dará uma injecção.
Cancro
Finalmente quando falamos de doenças comuns dos Periquitos, deve ser feita uma menção ao cancro. É a causa de morte mais frequente nos animais de estimação e não é de maneira nenhuma rara dos pássaros de exposição. Muitos deles são internos e fazem com que as paredes do estômago inchem. Não há nada que os criadores possam fazer mas alguns casos são curados através de cirurgia.
Conclusão
Há muitas doenças dos Periquitos que não podem ser tratadas num pequeno capitulo mas a aplicação dos primeiros cuidados e uma vigilância veterinária resultam na sua cura na maioria dos casos.
Um criador deve ter na sua caixa de primeiros socorros um tubo doseador, uma seringa, medicamentos para tratar a trichomoniasis, spray anti piolhos, pomada para a face escamosa, papa para bebe, cotonetes e alguns probióticos.
Os antibióticos têm prazos de validade curtos e são drogas perigosas que só devem ser usadas a conselho de um veterinário. Há doenças que respondem aos antibióticos mas essas condições são mais raras do que a maioria dos criadores acredita.
Os veterinários existem para ajudar e têm em stock uma grande variedade de medicamentos que por vezes são necessários à cura dos pássaros. Mesmo que um veterinário não se sinta competente para tratar um problema ele estará em condições de indicar um outro com mais experiência em doenças de pássaros de gaiola.

MANDARIM

MANDARIM
Pertencente à Família Estrildidae , assim como outros “Finches” ou “Diamantes” (Diamante de Gould, Manon, etc.). O Mandarim, Poephila ( Taeniopygia ) guttata , é um pássaro de fácil adaptação que apresenta uma mistura de cores invejável. Sua distribuição natural ocorre na Austrália e também nas ilhas da Indonésia, próximas à Bali. É um pássaro de fácil manutenção, fato que os torna muito populares em todo mundo. Alegres e dóceis, os Mandarins são indicados para quem está começando a criar pássaros, por serem mais resistentes às doenças que outras espécies. Apesar de não adoecerem facilmente, os Mandarins podem vir a arrancar suas penas devido ao estresse causado por superlotação, falta de espaço para voar ou ainda pela falta de material para confecção do ninho. Estes pequenos pássaros que podem viver até 15 anos, atingem 9 cm de comprimento e devem ser mantidos em duplas ou em bando. Não são pássaros para serem afagados ou acariciados, devendo a observação ser a atividade predominante para aqueles que os tem ou pretendem ter. Reprodução: Os machos possuem as patas e o bico de cor vermelho-alaranjado intenso. Apresentam ainda as “bochechas” de coloração diferente, sendo laranja a cor mais comum. Possuem listras pretas e brancas no peito, o que confere a eles o nome “Zebra Finch”. Nas fêmeas a cor do bico e das patas é mais clara e elas não apresentam as “bochechas” diferenciadas ou as listras no peito. Os Mandarins são bons pais, não abandonam o ninho e defendem muito seus filhotes. Após 11 a 12 semanas de vida as fêmeas já estão prontas para reproduzir, porém não é aconselhável o acasalamento antes dos 6 meses de idade. O macho constrói o ninho utilizando pequenos pedaços de barbantes, capim e algumas penas caídas no fundo da gaiola. As fêmeas colocam de 3 a 8 ovos, que poderão eclodir após 14 dias. Os pais revezam o choco. Aos 21 dias os filhotes já estão prontos para deixar o ninho e com 4 semanas de idade já podem se alimentar sozinhos. Manutenção: Para a manutenção do Mandarim, assim como para outros “Diamantes”, recomenda-se uma gaiola mais comprida do que necessariamente alta, com no mínimo 45 cm de comprimento por 30 cm de largura e 30 cm de altura. O ninho pode ser de madeira, com uma única entrada, com 15 cm de altura e 11 cm para os lados. Um comedouro e um bebedouro sempre bem limpos são muito importantes. Evite colocar a gaiola em locais com correntes de ar e escuros. O banho de sol pela manhã é fundamental, porém não os esqueça lá, pois, assim como os humanos, eles sentem calor bem rápido. Aproveite para permitir que os Mandarins se banhem em uma tigela com água, atividade que eles adoram.